] segunda-feira, julho 23, 2012
 
hoje quis escrever uma poesia pra ti. mas adivinha? não sei escrever poesia. fiquei aqui, impotente com esse algo que eu nem sei se ia conseguir dizer. mas pelo menos, se fosse poesia, seria menos real. hoje quis escrever uma poesia pra ti. mas adivinha? me sinto ridícula.

hoje quis te ver em verde, ou talvez em vermelho como nos dias de semana no porão onde misturas as fórmulas mágicas, mas estavas em branco. e queria perguntar assim de soco, como aqueles que já ensaiei brincando pra te ver treinar os reflexos. eu queria perguntar de soco, queria aliviar a poesia impotente que me dizia pra sofrer com tanto mistério, e tantos monstros soltos dentro do coração. mas não te vi. tinha medo, mas ia perguntar. tinha medo de saber, me escondi na poesia. se sofre bonito na poesia. a realidade é bem mais estatutária. mas só sei ser Kafka. não consigo ser Pessoa. mas adivinha? não estavas.

hoje quis que tudo fosse mais fácil, mas nunca foi. tudo começou com uma luta, e como uma luta vai continuar. hoje quis não saber. hoje quis ignorar. hoje quis não alimentar criaturas, mas adivinha? minha mente é fértil. dentro de mim, o que não sei, o que cogito, o que desconfio é tão maior, tão mais duro, tão mais feio do que talvez a realidade me reserve...

hoje quis te dizer tantas coisas, hoje quis ter força pra desistir, hoje quis ter a coragem de esquecer. mas assim como sou incompetente pras poesias, sou fraca pra admitir que a realidade vai me machucar de novo. ou que não. hoje quis escrever uma poesia, hoje quis o soco, hoje quis o mais fácil. hoje queria entender. hoje queria sentir saudade sem medo. hoje queria ter onde enfiar o sentimento. mas adivinha? me sinto ridícula. porque tudo o que eu queria era saber escrever pra ti uma poesia.

[ Penkala ] 03:35 ] 0 comentários

 
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